sexta-feira, 7 de outubro de 2016

CAPÍTULO 1 - Piloto (Continuação...)

Alguns anos atrás...

(Casa da Alysha)

- Allys?! O jantar está pronto!


- Já vou, mãe...- no telefone – Amiga, tenho que desligar. A gente se encontra na faculdade amanhã. Beijos!


Allys desce as escadas às pressas, chegando na sala de jantar, quase cai da cadeira ao se sentar. Sua mãe, Julia, percebe seu desespero e colocando o suco na mesa, questiona.

- O que você está sentindo, menina? Eu hein...! A comida não vai fugir não.

- Ah mãe! Você não sabe!- põe as mãos na boca e depois se abana, enquanto bate os pés no chão - A Angel vai estudar na mesma faculdade que eu! Eu nem acredito ainda! Eu tô tão ansiosa, tão feliz, tão agoniada, tão...


- Tá! Tá... Já entendi. E vocês vão fazer o mesmo curso? Porque se forem, já vou logo avisando que não quero você perdendo matéria porque ficou conversando com ela, me ouviu? Já sei bem o grude que vocês tem. E faculdade não é colégio. Então acho bom você...


Allys já sabendo que viria um discurso, interrompe, enquanto coloca a comida no prato.

- Não mãe. Angie vai fazer medicina, não direito. Relaxe...

- Medicina é? Nossa, que bom hein? Mas mesmo assim, vê se não perde horários, não fica no celular na aula e tudo mais que você já sabe. – Pra não ficar só no sermão, Julia começa a elogiar a filha, enquanto jantam – Ah filha, eu tô tão orgulhosa de você. 16 anos e já na faculdade. Seu pai também teria orgulho de você se estivesse aqui.

- Eu sei mãe... Obrigada. Mas não vamos falar disso não que a senhora sabe que eu não gosto de falar dele enquanto como, porque perco a fome. Sinto falta dele também.

Julia olha nos olhos de Allys, passa a mão em seu rosto, sorri e as duas voltam a comer.

(Casa da Angel)

Enquanto isso, Angel já havia jantado e estava verificando... (continua...)

CAPÍTULO 1 – Piloto

O julgamento – Parte I

JORNAL DA MANHÃ: “Todos que estão presentes neste julgamento querem saber qual será o veredito da pessoa que está sendo acusada de livrar a cidade dos piores tipos de violência. Querem saber mais ainda quem seria esta pessoa e porque ela está se entregando. Não se sabe se seria homem ou mulher, mas a população já nomeou de ‘Shadow’. Então, enquanto sua identidade não for revelada, usaremos o artigo/gênero masculino para nos referir a esta pessoa misteriosa”.

 
Do lado de fora do tribunal, centenas de pessoas com cartazes que diziam “Obrigada”, “Você me salvou!”, “Não se entregue”, “Soltem nosso herói”, “Precisamos de você”, entre outras frases de motivação e agradecimento. Na mídia só se vê e se ouve falar sobre isso: “Pessoa com identidade ainda não revelada se entrega à polícia afirmando ser a responsável pelas mortes dos piores criminosos da cidade. Hoje haverá o julgamento daquele que a maior parte da sociedade considera um herói. Alguns já o apelidaram de “Shadow”, pois agiu por todo esse tempo sob as sombras e ninguém conseguiu captura-lo, muito menos identifica-lo”. Ao chegar vários carros do FBI, as pessoas ficam ainda mais eufóricas e começam a gritar e jogar cartas e alguns pertences para aquele que está prestes a sair de um dos carros. Dentro do carro um dos agentes pergunta ao herói do momento.

- Está pronto pra enfrentar a verdadeira justiça? Espero que sim, porque você não irá mais atrapalhar o nosso trabalho! E eu estou louco pra ver a sua cara!

O justiceiro todo coberto de preto, escondendo até os olhos com óculos escuros, ignora a provocação do agente e apenas olha pela janela do carro e seu coração acelera. Ele não esperava que tudo fosse acabar assim. Não esperava ser admirado. Não queria ser admirado. Seu desejo era nunca ter precisado se entregar, pois ainda existiam pessoas perigosas que precisavam ser paradas. Mas não tinha como voltar atrás. Ele precisava assumir a responsabilidade dos seus atos e evitar que outras pessoas o imitassem. Enquanto pensava em tudo que havia acontecido até ali e lutava contra o desejo de fugir, o agente Peter abre a porta do carro e o segura pelo braço para leva-lo até o tribunal. Enquanto eles caminham, vários guardas ficam atentos à população, pois a maioria não aceita que o justiceiro se entregue. Algumas pessoas começam a avançar em direção aos guardas e outras em direção ao herói, na intenção de tirá-lo dali, pois não acreditam que ele queira ser condenado. Porém, quando Shadow se dá conta do que está acontecendo e entende que aquelas pessoas não vão desistir enquanto ele estiver ali, e percebe que elas podem se machucar, ele faz sinal para Peter leva-lo para dentro e eles correm o mais rápido possível, entram no tribunal e os policiais fecham as portas. Do lado de fora, a confusão continua, mas logo diminui. Até as crianças que estavam ali choravam e perguntavam aos pais porque Shadow não quer mais acabar com os caras maus.

Enquanto isso, o juiz James D. Shamuay que irá julgar o caso “Shadow”, sente que está numa situação oposta a de Pilatos. Ele quer prender Shadow, mais do que qualquer coisa, porém a população grita incansavelmente a favor da liberdade do acusado. Shamuay tem seus motivos para ter medo de que Shadow permaneça em liberdade, e tem mais medo ainda de que Shadow saiba desses motivos.

Passado alguns minutos, todos já em seus lugares no tribunal, aguardando apenas o juiz Shamuay e o acusado, Shadow. Shadow chega primeiro, acompanhado pelo FBI, e é colocado em seu lugar ao lado do seu advogado, Jacob. Há uma tensão no ambiente, o que já era esperado. Jacob pergunta a Shadow se ele tem certeza de que quer continuar com essa decisão, pois Jacob já havia preparado o Plano B que poderia ser colocado em prática a qualquer momento, bastaria um sinal de Shadow. No momento em que Shadow se senta, demonstrando não estar interessado no plano de Jacob, o juiz é anunciado.

- Todos de pé para receber o Meritíssimo Dr. James Dallas Shamuay!

Nesse momento as mãos de Shadow ficam geladas, seu coração acelera ainda mais, e ele levanta lentamente com os olhos fixos no juiz. Ele não consegue acreditar que era James que iria julgar o seu caso. Ao olhar para o acusado, James percebe que ele está olhando fixamente para si e sente que o que ele temia, é a realidade. Mas o que James não sabe, é que a realidade é ainda pior do que ele imagina. Mas não saberemos ainda os motivos de Shadow neste momento, olhar para Jacob e cheio de ódio, perguntar:

- Qual é o plano B?

Jacob pega um dispositivo em seu paletó, e aperta um botão, sorrindo. Ouve-se várias pequenas explosões, o ambiente se enche de fumaça, e vários tiros são disparados, mas nenhum tiro é letal. Faz apenas com que aquelas pessoas ali fiquem inconscientes. Jacob pega a arma do agente Peter e as chaves das algemas de Shadow. Solta-o e eles saem correndo em direção aos homens que dispararam os tranquilizantes. Eles formam uma escolta para Shadow e vão pela rota de fuga que haviam preparado. Shadow, Jacob e mais alguns homens entram no carro e saem dali rapidamente. Os outros dão cobertura e depois vão embora em suas motos. Dentro do carro Jacob pergunta:

- Vai me contar o que te fez mudar de ideia?

Shadow esmurra o banco da frente e ainda ofegante, fecha os punhos demonstrando tentar controlar a raiva que parecia aumentar a cada segundo, mas não fala nada. Jacob entende que é hora de Shadow se isolar para resolver seus próximos passos e então leva-o para um lugar seguro um pouco afastado da cidade. O lugar que Shadow usava para respirar ar puro, treinar suas habilidades, guardar suas informações sobre todos os criminosos, um lugar que ele tinha necessidade de estar, todas às vezes que precisaria tomar uma decisão muito difícil. Jacob o leva até lá, e diz que irá voltar para a cidade para observar e descobrir o que as autoridades estão pretendendo fazer. Shadow abraça Jacob e entra na casa. Vai direto pra sala de informações e pega uma foto. Nela estava James, bem mais novo, mas que fez com que não houvesse mais dúvidas de que era ele no tribunal.

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Autor: Quézia Menezes dos Santos

Título: Alysha McNeil – A face da Justiça

Edição: 1

Local: Salvador - BA

CONTATOS COM O AUTOR: quezia_2006@hotmail.com

Alysha McNeil - A Face da Justiça, por Quézia Menezes

Se você está aqui, você já sabe o motivo desse blog. Então, se acomode, que
UMA HISTÓRIA INCRÍVEL VAI COMEÇAR!


A face da Justiça
Capa do Livro: Alysha McNeil - A face da justiça